Antropólogos & Cultura Idígena

15/08/2013

Foi dificil digerir essa aula, não só pelo fato de relatos que dizem que indígenas cometem infanticídio mas por não entender a moral da historia e os debates em si gerados em torno do assunto. Debates de modo geral, pois na aula mal deu tempo da professora mostrar o documentário.
Para quem tem paciência, o vídeo/documentário está aqui.
Que matar seres vivos; quaisquer que sejam; principalmente os que não podem se defender é uma coisa difícil de aceitar, isso eu entendo. Que isso dentro do contexto e da tripo deles é algo cultural, eu também entendi, mas talvez eu não tenha entendido ainda o que realmente é cultura. De qualquer forma, por mais bizarra que seja a situação, eu sempre tento analisar de uma forma racional. Ver a logica e o raciocínio dos dois lados.

De um lado são os que defendem a vida das crianças, do outro os que defendem a cultura. Como assim a cultura? Acredito que tudo na vida tem suas coisas boas e suas coisas ruins, e tudo tem uma evolução.

Foi daí então que resolvi estudar sobre o assunto. E demorei para conseguir ver o raciocínio logico da outra parte.
Para explicar melhor no caso dos índios (por favor, abra a mente para entender primeiro, não julgue antes). Os índios Suruwaha exterminam as crianças que são deficientes, de sexo indesejado ou quando são gêmeos. Atente-se que (para quem não me conhece) eu mesma sou irma gêmea apesar de não ser índia, mesmo assim eu entendi o outro lado da historia. Algumas tribos indígenas acreditam que crianças deficientes não possuem alma, mesmo que as tenham, ela não se esvai junto com o corpo quando este(o corpo) não existe mais. E eles acreditam que a criança em si se a mantiverem viva quando deficiente, vai ter uma vida difícil e tornará a vida dos demais difícil também. Por esse motivo; ou talvez outros motivos que eu não tenha visto pois não me aprofundei; eles façam alguns rituais para que essa pessoa (ou criança, ou ser vivo) vá para outro lugar no espaço.
Os antropólogos são enfáticos e eu passei a concordar com eles que não existe uma verdade absoluta, e que cada cultura tem suas próprias crenças, sua verdade. Conversando com um dos rapazes que estuda comigo, ele até citou um exemplo sobre as religiões, não há como dizer que minha religião é melhor que a tua, e que meu conceito é a verdade do mundo. Se eu gosto de vermelho e você de amarelo, não há como dizer qual a cor mais bonita.
Eu não concordo com a morte de crianças quaisquer que sejam, mas isso é por causa da cultura em que eu vivo. Não há como dizer que a minha verdade é a que reina.
Outro motivo pelo qual eu também quis estudar um pouco mais e ir além, é que achei horrível acreditar que um grupo de pessoas matam sem piedade nenhuma e sem sentimento algum, isso é desacreditar na humanidade. O que depois de entender o contexto, muda todo o conceito da historia.



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